domingo, 30 de janeiro de 2011

MÚSICA: EAGLES OF DEATH METAL

Mas uma banda incrível que surge de Palm Desert – CA –USA.
A banda foi fundada em 1998 por Jesse Hughes (Vocal e Guitarra) e Josh Homme(bateria) que formam a base da banda, enquanto os outros instrumentos se alternam entre os velhos e conhecidos músicos que vagam por Palm Desert.
O Eagles of Deth Metal é intitulada como uma banda de Garage Rock e embora pouco conhecida no Brasil é de uma qualidade, e as vezes de uma simplicidade, fantástica.
Até o momento eles têm apenas 3 álbuns de estúdio que irei colocar logo em seguida.
Para quem quiser saber mais sobre a banda aqui segue o site oficial da banda:







Bom, vamos ao que nos interessa mais; as musicas:
O primeiro álbum da banda foi lançado em 23 de março de 2004 com o título de Peace, Love, Death Metal, foi produzido pelo próprio Homme. Segue a track listing:

PEACE, LOVE, DEATH METAL

1 - "I Only Want You" - 2:48


2 - "Speaking in Tongues" - 2:49


3 - "So Easy" - 4:00


4 - "Flames Go Higher" - 2:53
5 - "Bad Dream Mama" - 3:02
6 - "English Girl" - 2:38


7 - "Stacks o' Money" - 2:48
8 - "Midnight Creeper" - 1:57
9 - "Stuck in the Metal" (Stealers Wheel cover) - 3:18


10 - "Already Died" - 3:00


11 - "Kiss the Devil" - 2:52


12 - "Whorehoppin' (Shit, Goddamn)" - 3:34


13 - "San Berdoo Sunburn" - 3:42


14 - "Wastin' My Time" - 2:42
15 - "Miss Alissa" - 2:38


Minha opinião: Esse álbum é incrível, um som cru, simples, animado e meu preferido por transparecer toda a essência da banda. Eu não conseguiria dizer qual é a melhor música desse disco

O segundo álbum da banda foi realizado no verão (inverno aqui) de 2005, mas foi lançado no dia 11 de abril de 2006, com o título de Death by Sexy. Esse álbum também foi produzido por Homme e lançado pelo selo Downtown. Segue a track listing:

DEATH BY SEXY
1 - "I Want You So Hard (Boy's Bad News)" – 2:21


2 - "I Gotta Feelin (Just Nineteen)" – 3:30
3 - "Cherry Cola" – 3:17
4 - "I Like to Move in the Night" – 3:59


5 - "Solid Gold" – 4:20
6 - "Don't Speak (I Came to Make a BANG!)" – 2:47


7 - "Keep Your Head Up" – 2:27
8 - "The Ballad of Queen Bee and Baby Duck" – 1:59
9 - "Poor Doggie" – 3:16
10 - "Chase the Devil" – 3:02
11 - "Eagles Goth" – 1:59


12 - "Shasta Beast" – 2:26
13 - "Bag O' Miracles" – 2:19

Minha opinião: nesse álbum você consegue notar que eles matem muito bem a mesma linha, porem um pouco menos cru de se ouvir. A musica “I Like to Move in the Night” é uma das minhas preferidas da banda.

Em 28 de outubro de 2008 foi lançado o álbum Heart On, produzido novamente por Homme e lançado pelo selo DownTown, segue a track listing:

HEART ON
1 - "Anything 'Cept the Truth" - 4:34
2 - "Wannabe in L.A." - 2:15


3 - "(I Used to Couldn't Dance) Tight Pants" - 3:35


4 - "High Voltage" - 2:43


5 - "Secret Plans" - 2:22
6 - "Now I'm a Fool" - 3:41


7 - "Heart On" - 2:43


8 - "Cheap Thrills" - 3:42


9 - "How Can a Man with So Many Friends Feel So All Alone" - 3:02
10 - "Solo Flights" - 3:25
11 - "Prissy Prancin'" - 3:40
12 - "I'm Your Torpedo" - 5:12


13 - "As Nice As I Can Be" (UK Bonus Track)
14 - "Fairytale In Real Time" (UK & Australian Bonus Track)

Minha opinião: Bom gente, aqui vocês notarão uma diferença enorme para os outros discos, as músicas estão com arranjos um pouco mais elaborado, o Jesse cantando mais baixo , o que era de esperar ele tinha uma voz muito alto, o que desgasta muito as pregas vocais com o tempo. O álbum é bom, gostei muito da música “ I’m your torpedo” e “Hert on”, mas não é tão cru quantos os outros e eu esperava algo diferente, porém vale a pena!

Espero que gostem!

sábado, 29 de janeiro de 2011

Reinen Vernunft

Escrevi agora, ainda será lapidado com o tempo.


reinen Vernunft
eu não vou te amar para sempre!
Eu vou te amar enquanto me faltar ar
a cada vez que nossos olhares se cruzarem
Eu vou te amar enquanto seu toque
for meu ultimo desejo de um final de dia comum.
Eu vou te amar enquanto o cheiro da sua pele
me entorpecer e me fizer esquecer de tudo.
Eu vou te amar enquanto eu gaguejar e me calar
antes de cada eu te amo e antes de cada adeus.
Eu vou te amar enquanto você me roubar por completo
a cada madrugada, a cada tarde de domingo.
Eu vou te amar enquanto for difícil desatar nossos corpos
e enquanto o respeito for maior que nosso amor!
Não há sentido o amor durar para sempre;
Não há sentido para vida durar para sempre;
Se assim fosse deixaríamos para viver amanhã;
deixaríamos para amar amanhã e eu te amo hoje!
Não me peça uma declaração, eu nunca vou entender o amor
e eu nunca irei entender a mim mesmo;
como posso organizar em palavras com sentido o que não entendo?
Minha maior declaração de amor
é toda vez que eu me calo ao te olhar nos olhos;
é todas vezes que te dou abrigo em meu braços
e te vejo dormir sob a pouca luz que escapa pelas frestas da cortina.
é todas as vezes que vejo que chego perto de te fazer uma pessoas feliz
e consigo te fazer esquecer os seus anseios.
E quando isso tudo for apenas passado em nossas vidas,
ainda nos acharemos entre uma xícara de café, em velhas manias do passado, no sorriso de um criança desavisada na rua ou no reflexo do que ainda seremos.
Talvez você seja a ultima memória que venha a minha mente, talvez
a ultima batida do meu coração e ultimas sinapses sejam para você
e ainda sim meu amor não seria eterno, morreria comigo.
Não te amarei para sempre,
mas enquanto eu te amar o faria com toda força que há em mim!
D-CODE 29/01/2011

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Quimeras e Harpias

Acho que até agora foi o pior poema de todos, mas quem sabe eu vou arrumando ele com o tempo e ele fique melhor, só estou postando porque jurei a mim mesmo que não apagaria mais nada do que eu escrevesse:


Quimeras e Harpias
hahahahahahaha
Ele está solto
com seus milhares de dentes afiados
a espera dos inocentes.
Corra, se esconda, salve-se,
pois ele rasteja no escuro da noite
e parasita o mais profundo da sua mente.
Negro como a noite ou azul como o dia,
eu conheci 5 de suas faces.
Ele te espreita de cada canto da cidade
de cada olhar na rua.
Te vicia, te devora até o ultimo dia,
Olhos vermelhos em seu quarto, ele está lá!
o destruidor de corações, o acorrentador de almas.
O mentiroso e enganador está entre nós
apenas esperando a hora certa e ele vai te acorrentar
de novo e de novo.
E quando você descobrir que definitivamente escapou
se sentirá vazio e começara a persegui-lo
a buscá-lo em cada vida, em cada corpo
e implorará que ele te apunhale mais uma vez!
Meninas adolescentes sonham,
mas não conseguem entender.
D-CODE 26/01/2011

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Árvores Mortas - parte 1

Dividi a história da minha vida em duas partes, do zero aos 10 anos e depois dos 10  até hoje. Fiz um texto resumindo tudo e contando as princípais partes. Essa é a primeira:


Nasci em uma cidade do eixo rio-são paulo na década de 80, filho de um rapaz qualquer com uma moça qualquer, ambos na faixa dos 20 que se casaram devido a gravidez acidental. O casamento durou pouco tempo, menos de 2 anos.
Minha mãe sempre teve problemas de convivência que talvez possam ter sido causados pelos inúmeros medicamentos que ela tomava durante sua infância e adolescência. Meu pai era o típico playboy que se apaixonou pela moça simples, porém nunca abandonou a vida de ganharão e por isso sempre traia minha mãe, fato este que levou ao fim do casamento.
Eu me recordo vagamente da cena, onde eu estava no portão da casa dos meus avos (morávamos no fundo, eu e minha mãe) chamando por meu pai que não vinha visitar, pois sua nova esposa o proibia. Depois descobri que essa situação ocorreu por quase um ano.
Com 3 para 4 anos minha mãe se envolveu com um drogado e aí começou a novela mais insuportável da minha vida, minha avó paterna começou a brigar pela minha guarda e daí em diante vivi essa guerra até meus 11 anos.
Minha mãe se separou desse rapaz viciado em pouco tempo e alguns anos depois conheceu uma pessoa maravilhosa.
Aí eu já estava com 5 anos, não diferente de muitas crianças eu viva em uma realidade paralela, onde eu achava que eu era um super-herói que falava com os animais, e era amigo de animais selvagens. Comecei nessa época ganhar muito peso e a desenvolver um hiperfoco por anatomia humana, com 5 anos de idade eu sabia bem como desenhar um coração humano, um cérebro, suas funções e desenhar um esqueleto humano, isso foi alavancado pelo fato de minha mãe ter começado um curso técnico em enfermagem na época.
Então fiz 6 anos de idade, praticamente sem amiguinho algum e bem perdido no meu mundinho. Entrei para a escola e lá começa o segundo inferno da minha vida!
Eu não gostava de me socializar, sozinho era ainda pior e na escola onde eu estudava existiam dois alunos que torturavam todos os outros psicologicamente,  eles pegavam aluno de cobaia e ficavam batendo nele e torturando ele na frente de sala e todo mundo tinha que ficar olhando e se alguém risse ou chorasse apanharia também.
Eu nessa época já era obeso e por isso sofri muito com bullying e só de pensar em ir para a escola eu entrava em desespero e começava a passar mal. Minha mãe não soube lidar com isso, me deu uma surra, destruiu meu videogame e disse que se soubesse que eu seria assim ela teria me abortado, palavras que nunca esqueci!
Não a culpo por nada, ela sempre teve os problemas dela e não sabia direito como lidar com isso, trabalhava em dois empregos para me sustentar, tinha sido abandonada pelo marido com um filho bebê.
Como minha mãe trabalhava muito eu fui criado pelos meus avos materno, e foi isso que salvou minha infância, eles foram meus heróis!
Minha avó paterna achou que eu não lidava bem com o fato de meu pai ter outra mulher, mas eu nem entendia na época, e ela resolveu me colocar na psicóloga. Era engraçado, pois eu ia lá para brigar com ela e xingar os outros "aluninhos" dela. Eu tinha entre 5 e 6 e não conformava como uma criança de 10 anos não sabia desenhar pássaro ou um coração de verdade, e eu ficava perguntando se eles eram burros.Depois de um ano de tratamento ela disse a minha avó que deveria me levar um psiquiatra e minha avó fez isso, mas como ela sempre teve muito problemas psicológicos, ela não entendeu nada o que o psiquiatra dizia, mas me lembro que depois de alguns meses ele disse que eu tinha princípio de síndrome de asperge, entretanto minha avó não entendeu nada e ela estava quase para se mudar de cidade para ir morar com meu avô onde ele trabalhava e tudo ficou por isso mesmo.
Minha mãe se casou de novo e continuou morando no fundo da casa dos meus avos. E aí começou a segunda parte da novela da minha guarda, meu pai não me pagava pensão e isso fez minha mãe processá-lo por dezenas de vezes, eu passei a infância com a sombra da possibilidade de meu pai ser preso, pois minha mãe jogava na minha cara sempre essa possibilidade. Às vezes eu achava que ela era dura comigo por ela ver meu pai em mim.
Nessa época meu pai começou a aparecer mais e isso só complicou as coisas, quase toda semana ele ia me buscar e era sempre igual: os dois faziam o maior carnaval na frente da casa dos meus avos e eu era obrigado a ouvir tudo, eu só ficava chorando no sofá da sala e depois ainda tinha que agüentar minha mãe passar o dia todo jogando na minha cara que meu pai era um vagabundo, um cachorro e muitas outras coisas, isso aconteceu quase todo mês entre os meus 7 e os 10 anos.
Com 8 anos de idade eu comecei a dormir uma vez por mês na casa dos meus avos paternos, que sempre foram muito carinhoso comigo e me mimavam bastante por ser o primeiro neto.
Nessa época eu descobri minha paixão, a física teórica e a cosmologia/astronomia, eu passava dias e dias focado no assunto e já tentava teorizar como o universo surgiu e o porque de nunca terem encontrado o meteoro de Tungusca, a parte eu carregava um hiperfoco muito antigo por dinossauros (desde que me tenho lembranças eu amava dinossauros).
Eu continuava odiando escola e nessa época eu tinha 1 amigo, era bem gordinho e sofria muito com isso! Não gostava me socializar, era muito quieto e passava horas sozinho desenhando e criando histórias de super heróis, meu mundo acontecia no tapete da sala da casa dos meus avos materno. Meu pai não entendia a situação e me chamava de autista ou de anti-social, minha avó paterna achava que eu era doente.
Nesse período testemunhei brigas violentíssimas entre meu pai e minha avó, onde meu pai quase chegou a agredir ela,  também a mulher do meu pai dizer que queria que eu morresse e coisas assim... Meu avô paterno foi um dos homens mais corretos que conheci e ele me ensinou muito sobre a vida, porém eu não tive tanto contato com ele até meus 10 anos de idade, pois ele era chefe em uma multinacional e morava em outra cidade.
Cresci com pessoas de todos os lados dizendo que meu pai era um moleque caloteiro, safado, cachorro, mulherengo e etc., porém em meio a essa guerra meu avô materno e minha avó se mantinham sólidos e não tomavam lado algum, eles nunca abriram a boca para condenar ninguém e essa pureza de espírito deles era a única coisa que me deu paz na infância, que era meu porto seguro. Meu avô materno todos os dias antes de dormir me contava histórias que ele inventava na hora e me fazia brinquedos de madeira, ele era pedreiro e quase não tinha dinheiro para nada e ainda sim fazia tudo por mim e foram eles que salvaram minha infância, que deram o toque doce a tudo. Devo a eles a pessoa que sou hoje!

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Gänger

Me surgiu a mente agora a tarde:
Gänger

vendo sonhos!
vendo ilusões simples de uma vida alcalina,
vendo as palavras que você quer ouvir,
promessas fáceis e irreais.
Construo amores eternos
e planejo toda uma vida ao seu lado
só por brincadeira.
Te iludo para te esconder da verdade,
a solidão nem sempre é opcional!
Amanhã, quando seus olhos se abrirem
eu estarei a kilometros de distância daqui
vendendo essa utópica paixão
a um outro coração perdido.
Para mim será só mais um nome
sobre os escombros de muitos outros.
Estou vendendo lembranças a se esquecer
e muitas outras quinquilharias sentimentais,
paixões ardentes que morrem aos primeiros raios de sol.
Prostituo-me pelo simples toque da sua boca
e te exorcizo de cada canto do meu corpo enquanto tranco a porta;
Não me lembrarei de você, nem do modo como arruma seu cabelo
ou como me olha nos olhos;
não lembrarei do seu toque ou do gosto da sua saliva;
Serão apenas arranhões numa vida vazia
ou uma dúvida em uma plácida tarde de domingo.
Caberá a você esquecer apenas uma noite de sua vida
apenas um olhar vago
que se esconde atrás de um mentiroso verde.
Vendo placebos e similares.
vendo drogas alternativas e tudo que não é palpável
vendo suas vontades mais obscuras
e te jogo deslealmente na realidade.
Porções fugazes de felicidade,
quantizações ínfimas de apego
 eu sou apenas um fantasma de seus pecados,
uma sombra que vagará na sua mente.
E existirei apenas nas doces linhas de suas tragédias.
Desapareço por entre as cortinas de seu quarto soturno
enquanto recito Shakespeare ao seu ouvido.
Estou vendendo minha vida.
pelo simples preço de ser importante para alguém
ao menos por uma noite lúgubre.
D-CODE 17/01/2011

sábado, 15 de janeiro de 2011

Música: The Doors - The Ghost Song

Para fechar a semana vou postar umas das minhas maiores inspirações, o poema que eu gostaria de ter escrito:


The Ghost Song
Awake.
Shake dreams from your hair
My pretty child, my sweet one.
Choose the day and choose the sign of your day
The day’s divinity
First thing you see.


A vast radiant beach in a cool jeweled moon
Couples naked race down by it’s quiet side
And we laugh like soft, mad children
Smug in the wooly cotton brains of infancy
The music and voices are all around us.


Choose they croon the ancient ones
The time has come again
Choose now, they croon
Beneath the moon
Beside an ancient lake


Enter again the sweet forest
Enter the hot dream
Come with us
Everything is broken up and dances.


Indians scattered,
On dawn's highway bleeding
Ghosts crowd the young child’s,
Fragile eggshell mind
o video da música:

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

852 - O Pássaro da sabedoria

Essa eu fiz para contar como foram 3 dos ultimos 5 dias.


852 - o pássaro da sabedoria

haaaaaa... a espera...
e uma mistura de sabor de encontro
com o sabor de descoberta.
Uma mistura de Correr na chuva,
pisar na grama molhada
e conspirar contra o amor.
Mistura de mãos, braços, sonhos
corações, vidas, cabelos...
Promessas fáceis sussurradas
ao pé do ouvido sob luzes apagadas.
Essa noite vou te amar para sempre
e veremos juntos as luzes da cidade
se apagarem lentamente com o amanhecer.
Entrelace suas pernas as minhas
fixe seus olhos transparentes e puros
aos meus e sinta música entre nossos corpos;
Sinta esse amor louco e inconseqüente ressoar.
Preciso do gosto do seu gosto;
da sua saliva cítrica;
de uma divida de 14 cigarros
e algumas promessas para buscar.
Olhar de criança meiga de sonhos inocentes,
que grita insistente por meu nome;
que abafa delicadamente juras de amor
e que apenas eu consigo decifrar
no escuro e frio desse quarto.
Deite comigo, olhe para cima
há pinturas rupestres no teto
tão disformes quanto nosso amor utópico.
Vamos apenas respirar e acreditar,
Não há nada para se preocupar,
deixe perder-me em seus braços,
me ame como se o mundo fosse acabar
e amanhã teremos apenas um amor
de uma noite para recordar.
Escolhas seus sonhos,
as cores de sua roupa
e invente esse nosso amor;
amor de sentar na cama e rir
como duas crianças loucas;
amor correr pela rua entre os carros;
de teorizar sobre a vida
a beira da vista da cidade.
Deito sobre seu seio e escuto;
Há caminhos nesse coração
que nunca irei trilhar,
mas manterei a ilusão de que farei.
Tenho em minha mente fixa,
cravada a ferro e fogo
a imagem de sua partida
paralisada em um longo e doloroso adeus.
Vamos descruzar nossos caminhos
e manter a confortante ilusão do reencontro,
pois isso é tudo que nos resta.

A frente da serra dura
que cerca o craton há colinas escritas
ao lado de um lodoso ribeirão urbano
e nada disso importa, pois
agora a chuva lá fora bate na janela
e aqui dentro reverbera a falta dela
D-CODE 11/01/2011