sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

As luzes da cidade

Hoje escrevi dois poemas, inspirado pela música "dead dog - Portugal.The man".

"As luzes da cidade

Esqueça!

Dê um sorriso
o mais vazio que puder

juventude de plástico
enlatada, manufaturada.
apague minha mente!

Velhice de plástica
compre novos sapatos
o carro do ano e o amor.
Lobotomize-me!

Compre, venda, estorça
Quebre a banca, o sistema
aproveite ainda é sua vez,
mas a janela se aproxima.
E o asfalto é quente e duro!

Esmague, defume, cuspa
suba o seu vidro
não dê o seu dinheiro,
não compre a pobreza
e deixe todos sob seus pneus

O estranho está ao lado
separados por metais e vidros
o solitário entre milhões de outros
sustentados pelo ar condicionado

beba da sopa da cidade
que corre por seus canos
e sinta como ela morta!

sujeira, sangue e desorganização
somos animais socieveis.

apague a luz e durma, amanhã você trabalha!
D-CODE 30/12/2010

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