quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Narcan, para ela!

esse poema é de hoje, fiz para uma amiga para tentar incentivar ela a voltar a escrever. O poema se chama "Narcan" e conta um pouco da minha vida atualmente para essa ela que está um pouco longe.

Narcan!
ei amiga, amiga do outro lado
aqui a porta está trancada
o teto está rachado
e minha mente está atada
mas existe ainda uma fresta
por onde entra luz pela janela

Chão sujo, paredes borradas
Há cacos por toda parte...
mas talvez existam sonhos
escondidos atrás desses móveis
sob os lençóis

O futuro aqui parece medonho
é frio e escuro, porém úmido
E as lembranças são anzóis
que hora ou outra me fisgam

Os destinos se cruzam
em forma indecidida
nessa movimentada avenida
de ruas sem saída;
Amores sem saída;
vidas sem saída;
e nós, amigos sem saída!

Aquele Abutre torto
acho que ele me compreende
"preciso me enganar
para acreditar
quando ela mente"

Você me encontrou como um cachorro morto
num denso e cinzento outono
e nem sei se virá a primavera depois do inverno
que daqui, de forma clichê, parece eterno.

Que seja cinza, que seja denso...
eu vou pintar o céu com minhas cores
vou fazer de mim todos os meus amores
Vou cerrar as grades e adubar minha vida.
E ... cada dia mais me afastar de tudo que penso.

Não há métrica
não há sonoridade
não há simetria
não há ordem
há apenas sentimentos
e é assim que todo poema deveria ser

Ei amiga sente-se aqui
traga o nosso melhor amigo etílico
e devolva-me esse sentimento em suas linhas.

D-CODE 16/12/2010 

 Espero pela resposta dela!
 

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