sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Levante!

Não sei porque, mas ela me faz escrever...


Levante!
vamos dançar com as flores do fim da primavera
celebrar os erros de amanhã e a ruína dos edifícios
vamos cultuar nossa felicidade,
entrelaçar nos dedos e sorrir para o fim
vamos enterrar nossos defeitos
a 14 palmos no asfalto e brindar.
Encoste seu nariz no meu...
quero ver a infinidade de cores do seu olhar.
Há uma alma nua, no meio da rua
e há o cinza no inicio, no meio e no final
venha e sorria, temos nosso tempo.
Olhe para todos eles, eles apenas tentam,
e nós também apenas tentamos e agora,
agora é o nosso tempo, abra as asas!
venha garota, mexa lentamente seus quadris
levante sua cabeça, se aqueça, pois um coração ainda bate.
Conheço a sutil chama por trás desses olhos de carvalho.
Me dê sua mão, cruze esse abismo
e sacuda as dores impregnadas em suas roupas,
olhe pra cima e escute o tintilar dos metais cidade a dentro,
escute cada oração penosa e cada canto escuro da sua alma
Nada disso pode nos calar, baby!
Olhe para o lado e veja as ofuscantes luzes cidade a fora,
veja cada ação honrosa e cumprimente o seu Deus interior.
vamos matar nossos demônios, esquecer do mundo, das engrenagens,
dos autômatos, dos canos, do cinza e da eletricidade.
Vamos rir um para o outro e cavalgar em nossos sonhos,
porque agora é tarde demais para se importar.
Olhe para todos os viciados, prostitutas e cães de rua,
eles ainda não desistiram de tentar e nem nós iremos!
Escolha seus melhores e mais altos sapatos,
cruze seus braços atrás do meu pescoço,
vamos dar as costas ao mundo,
e vamos ser feliz de qualquer jeito.

Linda, somos elefantes num mundo de formigas!
e só há uma coisa para nos importamos: O NADA
porque nós... nós somos o TUDO!
D-CODE 17/12/2010
 

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