terça-feira, 11 de janeiro de 2011

852 - O Pássaro da sabedoria

Essa eu fiz para contar como foram 3 dos ultimos 5 dias.


852 - o pássaro da sabedoria

haaaaaa... a espera...
e uma mistura de sabor de encontro
com o sabor de descoberta.
Uma mistura de Correr na chuva,
pisar na grama molhada
e conspirar contra o amor.
Mistura de mãos, braços, sonhos
corações, vidas, cabelos...
Promessas fáceis sussurradas
ao pé do ouvido sob luzes apagadas.
Essa noite vou te amar para sempre
e veremos juntos as luzes da cidade
se apagarem lentamente com o amanhecer.
Entrelace suas pernas as minhas
fixe seus olhos transparentes e puros
aos meus e sinta música entre nossos corpos;
Sinta esse amor louco e inconseqüente ressoar.
Preciso do gosto do seu gosto;
da sua saliva cítrica;
de uma divida de 14 cigarros
e algumas promessas para buscar.
Olhar de criança meiga de sonhos inocentes,
que grita insistente por meu nome;
que abafa delicadamente juras de amor
e que apenas eu consigo decifrar
no escuro e frio desse quarto.
Deite comigo, olhe para cima
há pinturas rupestres no teto
tão disformes quanto nosso amor utópico.
Vamos apenas respirar e acreditar,
Não há nada para se preocupar,
deixe perder-me em seus braços,
me ame como se o mundo fosse acabar
e amanhã teremos apenas um amor
de uma noite para recordar.
Escolhas seus sonhos,
as cores de sua roupa
e invente esse nosso amor;
amor de sentar na cama e rir
como duas crianças loucas;
amor correr pela rua entre os carros;
de teorizar sobre a vida
a beira da vista da cidade.
Deito sobre seu seio e escuto;
Há caminhos nesse coração
que nunca irei trilhar,
mas manterei a ilusão de que farei.
Tenho em minha mente fixa,
cravada a ferro e fogo
a imagem de sua partida
paralisada em um longo e doloroso adeus.
Vamos descruzar nossos caminhos
e manter a confortante ilusão do reencontro,
pois isso é tudo que nos resta.

A frente da serra dura
que cerca o craton há colinas escritas
ao lado de um lodoso ribeirão urbano
e nada disso importa, pois
agora a chuva lá fora bate na janela
e aqui dentro reverbera a falta dela
D-CODE 11/01/2011

Nenhum comentário:

Postar um comentário